Policiais da Delegacia Antissequestro (DAS) do Rio de Janeiro desarticularam, nesta terça-feira, uma quadrilha especializada em praticar o crime de extorsão (uso de violência ou ameaça para obter dinheiro) mediante sequestro relâmpago, na Ilha do Fundão, região universitária, na zona norte da cidade. Segundo as investigações, os criminosos costumavam abordar preferencialmente motoristas mulheres. Cinco vítimas já foram identificadas.
Foram presos Josuel da Cruz Silva, o Paulista, 28 anos, Jeremias Castro de Lima, o Jerê, 27 anos, e Rafael Pereira Alves, 21 anos. Ivanyr Rodrigues Manso Filho, o Quinho ou Manso, 42 anos, acusado de fazer as negociações por telefone, já cumpre pena de 52 anos e 9 meses, por roubo armado, no presídio de Bangu II. Ele foi detido ontem com celulares em sua cela.
Alexandre Pereira Bezerra, o Xandi, 26 anos, outro integrante da quadrilha, morreu em janeiro após ser baleado pelo chefe do tráfico de drogas da localidade de Parque Paulista. Os policiais estão à procura de Juscelino Souza de Oliveira, conhecido como Sorriso, 24 anos, morador de Vila Juaniza, na Ilha do Governador.
Após serem abordadas, as vítimas eram conduzidas para o bairro de Parque Paulista, em Duque de Caxias, ou para a comunidade da Vila Juaniza, na Ilha do Governador, onde permaneciam no interior dos veículos e eram obrigadas a fornecer senhas bancárias e assinar folhas de cheques. Os criminosos também faziam as vítimas ligarem para familiares e pedirem para pagar valores iniciais de R$ 50 mil pela libertá-las. Os resgates eram pagos às margens da Rodovia Rio-Teresópolis, na altura do Parque Paulista.
As investigações iniciaram em janeiro, quando uma vítima foi abordada ao chegar para trabalhar no Hospital Universitário Pediátrico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Ela foi levada em seu próprio carro até Parque Paulista. A vítima foi obrigada a fornecer suas senhas bancárias, assinar cheques (que totalizaram o valor de R$ 10 mil) e entregar objetos de valores.
O irmão da vítima, morador da Barra da Tijuca, passou a receber chamadas telefônicas exigindo a quantia de R$ 50 mil para libertá-la. Após negociações, foi acertado o valor de R$ 2 mil e algumas joias.
O pagamento do resgate foi marcado por volta das 18h20, em Parque Anchieta, Duque de Caxias, onde policiais da especializada monitoraram o pagamento, libertaram a vítima em segurança e iniciaram as investigações e o monitoramento da quadrilha.
Outros alvos da quadrilha eram médicos, professores e alunos. Eles faziam também abordagens nas rodovias Rio-Petrópolis e Rio-Teresópolis, na altura do Hospital de Saracuruna.
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