“Aqui no Fischer, o governo do estado dá um belo exemplo de atenção à comunidade com esse conjunto de obras. Evidentemente, precisamos que isso se repita em outros bairros. É impressionante o que está sendo feito aqui”, comentou — em visita de vistoria — o deputado estadual Nilton Salomão, que é vice-presidente da Comissão de Obras da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). Bastante castigado pelas chuvas que mataram centenas de pessoas na Região Serrana, no dia 12 de janeiro de 2011, o Fisher está recebendo obras de contenção de encostas e proteção de estradas, ruas e margens de rios que cortam a localidade. Estão sendo beneficiadas mais de duas mil pessoas, numa comunidade de 1.100 casas e casebres.
O trabalho vem sendo feito por técnicos e engenheiros da empresa Concremat, através do governo do estado, com cerca de 200 operários, a maioria de Teresópolis. Só na Estrada Pedro Eleutério de Oliveira, foram 14 deslizamentos de terra em sete locais diferentes. Seis já viraram canteiros de obras e um esbarra na resistência insensível de um proprietário de terras. Quatrocentos metros de muro estão sendo erguidos ao longo da estrada mais conhecida como do Matadouro. Segundo o engenheiro Celso Silva, responsável pela execução das obras iniciadas em abril do ano passado, todas serão concluídas até o final de agosto de 2012.
Incluindo as obras que também estão sendo tocadas em outros locais como Frades, Cascata do Imbuí, Caleme (Rua do Canário) e Salaco pela Concremat, o governo Cabral destinou R$ 37 milhões para sua realização — “algo jamais visto na cidade”, afirmou Salomão, que também é membro da Comissão de Representação da Alerj que fiscaliza a reconstrução das cidades atingidas pelos temporais na região. E autor da CPI da Região Serrana.
“Nesta vistoria, estamos vendo uma obra de responsabilidade, de qualidade e que vai atender às necessidades do Fischer. É assim que precisamos ter também as outras obras da cidade. Isso nos motiva a acompanhar e cobrar com rigor, na comissão da Assembleia, a construção das pontes, por exemplo, que já deveriam estar sendo feitas”, comenta Salomão. “Infelizmente, algumas coisas não saíram do papel e há a demora em se pagar o aluguel social. Isso angustia o povo. Mas o que entrava essas iniciativas é a burocracia, a inoperância da prefeitura. Um deputado pode conseguir verba estadual para o aluguel social. Mas, por lei (convênio), só quem pode pagar é a prefeitura”, explica ele.
Segundo Salomão, uma decisão difícil é escolher entre remover as famílias ameaçadas pelos deslizamentos e enchentes ou realizar obras caras como a do Fisher. “Felizmente, o governo do estado optou pela segunda hipótese”, elogiou o deputado. “Ainda mais num local sempre esquecido como este, que agora está sendo ajudado de maneira substancial”, acrescentou. “Essas obras estão sendo uma mão na roda para mim e para muitos outros moradores daqui”, garantiu Marcos Werneck, 34 anos, há 15 no Fisher.
Salomão aponta a falta de um projeto de escoamento das águas das casas em Teresópolis como uma das causas dos problemas sofridos pela população durante as chuvas. “Isso poderia evitar muitos problemas e até diminuir o impacto de temporais como os que vitimaram nossa cidade em 12 de janeiro de 2011 e 6 de abril de 2012”, finaliza o deputado.
Um comentário:
Essa declaração do Nilton Salomão é um verdadeiro absurdo. "Um deputado pode conseguir verbas para o aluguel social, mas por lei só quem pode pagar é a prefeitura". Será que ele esta querendo insinuar que conseguiu essas verbas e o povo não recebeu porque a Prefeitura não quis pagar? É difícil de acreditar, mas tudo é possível.
Postar um comentário