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sexta-feira, 1 de junho de 2012

Criação de secretaria estadual para a reconstrução da Região Serrana


A criação de uma secretaria específica para cuidar da reconstrução da Região Serrana e o maior empenho das prefeituras locais nesse processo de recuperação das cidades — em especial Teresópolis — foram os temas centrais do pronunciamento do deputado estadual Nilton Salomão na tribuna da Alerj, nesta quarta-feira, 30 de maio. “O estado vem tocando algumas obras, mas, da maneira como estão sendo feitas, os resultados serão pífios perto das necessidades do povo sofrido da região”, afirmou Salomão.
Segundo o deputado, as prefeituras alegam ter poucos recursos para realizar a reconstrução, deixando a responsabilidade sobre o estado e o governo federal — como a de Teresópolis, a cidade que está mais atrasada na questão da construção das casas para os desabrigados, das indenizações para os que tiveram suas casas destruídas ou interditadas e do aluguel social. “Temos lutado aqui na casa com outros deputados, em especial o deputado Luiz Paulo e os membros da Comissão de Acompanhamento para a Região Serrana, da qual ele é presidente, para conseguir recursos e agilizar esse processo”, comentou Salomão.


Estudos geotécnicos para evitar novas tragédias

Salomão agradeceu a visita do presidente da Empresa de Obras Públicas do Estado do Rio de Janeiro (EMOP), Ícaro Moreno, à comissão, na manhã desta quarta-feira, para dar esclarecimentos sobre o trabalho do estado na contenção e reconstrução de encostas e pontes das cidades atingidas. E mencionou outras iniciativas da Alerj para resolver o problema criado pela tragédia do dia 12 de janeiro de 2011. “Temos pensado em soluções para agora e também para o futuro, como o projeto 67/2011, que cria o Instituto de Geotécnica do Estado do Rio de Janeiro, para fazer estudos das condições de solo das cidades, evitando inclusive que o que será construído sofra novamente abalos, não dando nem proteção nem segurança para a população tão sofrida”, esclareceu o deputado.
Outro projeto importante, segundo Salomão, é o 847/2011, de criação do Fundo de Calamidade Pública, semelhante ao que foi feito no Rio e em outras cidades atingidas por calamidades em outras épocas. “Paralisaram essa discussão importante, alegando problemas com os prefeitos”, revelou o deputado. Para ele, uma das poucas ações já iniciadas, o pagamento do aluguel social para os desabrigados, é apenas um paliativo. 

Diocese de Petrópolis, Comissão da Alerj e deputados católicos discutem ações humanitárias

O deputado lembrou que, no dia 11 de junho, em Teresópolis, haverá uma reunião com o administrador diocesano Monsenhor Paulo Daher; os deputados ligados à Igreja Católica; a Comissão de Acompanhamento da Alerj para a Região Serrana — da qual Salomão faz parte —; a Associação das Vítimas das Chuvas em Teresópolis (AVIT) e autoridades estaduais que estão sendo convidadas. “Discutiremos não só a reconstrução física das cidades, com casas, pontes e encostas, mas também as indenizações, as obras sociais necessárias, a questão dos desaparecidos e o tratamento psicológico para essas pessoas que sofreram tantas perdas”, revelou Nilton Salomão. A reunião acontecerá no CEAC, Centro de Atividades Comunitárias da Paróquia de Santa Teresa (Praça Baltasar da Silveira, 65, Centro), às 15h.

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