Com o objetivo de buscar informações sobre a gestão de produção e operações do processo de construção, os estudantes do curso de Engenharia de Produção do Centro Universitário Serra dos Órgãos (UNIFESO) fizeram uma visita técnica, no dia 31 de maio, às obras das casas populares na Fazenda Ermitage, às margens da BR-116 (Estrada Rio-Bahia). O projeto é desenvolvido pela empresa Emccamp Residencial e no local serão construídos 1600 apartamentos para os desabrigados da tragédia natural de 2011.
A atividade foi acompanhada pela professora Edenise Antas, dos cursos de Engenharia Ambiental e Sanitária e Engenharia de Produção e assessora de Pós-Graduação na Diretoria de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão (DPPE). “Conhecemos todas as etapas de produção dos apartamentos e também fizemos um questionário que foi respondido pelo engenheiro responsável”, contou.
Para o estudante Régis Hiroshi Miura, do 6º período, “toda vivência prática nos proporciona uma visão mais ampla. No campo de trabalho existem pessoas, instrumentos, ferramentas, máquinas e situações de risco dos quais não temos a menor noção até estarmos no local. A prática é uma das qualidades que gostaria de destacar nesta Instituição”.
Workshop
Nessa atividade, o grupo realizou, no dia 25 de maio, o workshop “Gestão de produção e operações da construdora EMCCAMP: o processo de construção de apartamentos para os desabrigados da tragédia natural ocorrida em janeiro de 2011 na cidade de Teresópolis-RJ”, na disciplina “Organização do Trabalho e da Produção”. Foram trabalhados temas relativos à Gestão de Produção e Operações, que consiste em planejamento estratégico, rede de operação, rede de suprimento, ou seja, todo o conteúdo do processo produtivo. Para o estudante Douglas Pereira, do sexto período, “o workshop foi bem interessante porque pudemos, através da visita técnica, observar na prática da Engenharia o que aprendemos em nossas leituras e em sala de aula”.
A professora Edenise explicou que a abordagem da tragédia foi escolhida por ser relevante à sociedade teresopolitana, e além da visita técnica procurou-se levar ao encontro imagens, ilustrações e dados sobre a calamidade. “Resgatamos esta memória que não pode ser esquecida na história da nossa cidade, mas também trouxemos a perspectiva de futuro: o que representa essa obra, seu papel social, além do controle social por parte dos estudantes que, pelo fato de estarem presenciando e avaliando o processo produtivo de uma obra de grande repercussão social e que envolve o dinheiro público, estão exercendo a cidadania”, justificou a professora.
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