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domingo, 8 de abril de 2012

Defesa Civil admite atraso e ajustará sistema de alerta em Teresópolis


O secretário nacional de Defesa Civil, coronel Humberto Viana, admitiu neste sábado que o sistema de alerta que avisou a população dos riscos de deslizamentos em Teresópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, tardou a soar e que pode ser melhorado. Na sexta-feira, pelo menos cinco pessoas morreram e 15 ficaram feridas com o temporal que atingiu a cidade. Em pouco mais de quatro horas choveu na região serrana o que se esperava para todo o mês.
Em entrevista à Rádio Nacional, o coronel Viana firmou que o atraso na ativação ocorreu "porque não havia indicadores seguros do volume de água que iria cair". Quando a sirene tocou, o primeiro deslizamento estava ocorrendo, disse. "Quanto mais cedo recebermos a informação, mais cedo poderemos avisar à população", acrescentou. Apesar disso, o secretário avaliou que "o sistema funcionou" e que muitas vidas foram salvas.
Para o prefeito de Teresópolis, Arlei de Oliveira Rosa, a tragédia poderia ganhar proporções ainda maiores caso não tivesse as sirenes de alerta. Segundo Arlei, as sirenes - instaladas após as chuvas de janeiro do ano passado que deixaram um saldo de quase mil mortes em toda a região, além de centenas de desaparecidos - permitiu que muitas das famílias que vivem em áreas de risco pudessem deixar suas casas em busca dos abrigos da prefeitura. "Foi o toque dessas sirenes que permitiu que as famílias deixassem suas casas e procurassem os abrigos da prefeitura. Se não fosse isso a tragédia teria sido muito pior", disse.
Na opinião de Humberto Viana, a melhoria do sistema depende de mais investimentos públicos em radares, pluviômetros ligados em satélite, mapeamento geológico de área de risco, contratação de equipes técnicas e treinamento da população. Ele não soube dizer quanto seriam os gastos, mas garantiu que o Governo Federal está investindo na prevenção de novas catástrofes.

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