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quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

1 ano da tragédia: problemas continuam e quase nada foi feito

*Depois de um ano, onde Teresópolis viveu sem dúvida alguma o pior momento de sua história, equipe do jornal A Verdade percorreu alguns dos pontos mais atingidos pelas chuvas, acabando se concentrando em Campo Grande. Muita coisa ainda lembra a tragédia. Muito que foi prometido não foi feito. Não estamos aqui para eleger culpados e sim para ver o que pode ser feito, para que daqui a 12 meses, termos uma paisagem diferente. Nosso conforto para as famílias que foram vítimas e para aqueles que ficaram e continuam "sem chão" para continuarem suas vidas. Que algo possa ser feito!


Estado diz que precisa mais 1 bilhão para fazer encostas
Placas...
*Um ano após os temporais provocarem 777 deslizamentos em sete municípios da Região Serrana, a maioria dos pontos não recebeu obras de contenção. O subsecretário de Interior do governo do estado, Affonso Monnerat, estimou ontem que R$ 1 bilhão ainda terão que ser gastos nas encostas para torná-las seguras. Ele não incluiu os investimentos para recuperar áreas consideradas de menor risco, por estarem em locais isolados. Na conta também estão fora os R$ 147 milhões que estão sendo investidos em 30 pontos considerados prioritários. As primeiras obras acabam este mês em Petrópolis, mas a maioria deve prosseguir até março. Ou seja, ao fim de mais um verão.


Nenhuma das vítimas da chuva na serra recebeu casa

Pedra sobre pedras...
*Exatamente um ano depois da tragédia que deixou 918 mortos e 8.900 desabrigados na Região Serrana do Rio, o estado ainda não conseguiu entregar nenhuma das cerca de 5 mil casas prometidas para as vítimas das chuvas. De acordo com a secretaria de Obras, as primeiras unidades só deverão ser concluídas a partir de março. Mas a grande maioria só ficará pronta em 2013. Se é que vai ficar...



Aluguéis sociais não garantem solução

Rua de  C. Grande um ano depois
*Para mitigar o problema, o governo prometeu pagar aluguel social a 7.372 famílias até o fim de 2012. No entanto, muitas das famílias beneficiadas voltaram para as casas interditadas pela Defesa Civil — por estarem em áreas de risco — após as chuvas de 12 de janeiro de 2011. Outros permanecem em locais improvisados. É o caso das 35 pessoas que invadiram um canteiro de obras onde seria construído um hospital, em Sumidouro. Ou das famílias que permanecem, desde fevereiro de 2011, num ambulatório transformado em abrigo em Nova Friburgo.



Promessas não cumpridas
Um ano depois
*O maior desastre natural do país acumulou potes de promessas. Poucas saíram do papel e muitas foram apenas parcialmente cumpridas:
CENTRO OPERACIONAL: Apontado como instrumento eficaz de prevenção, o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) foi criado. Mas, hoje, dos 251 municípios de alto risco de desastres naturais do país, só 56 contam com análise e mapeamento de riscos.
PONTES: De 75 pontes destruídas pelas enxurradas, apenas uma foi reconstruída pelo estado. Ela foi entregue na semana passada, em Bom Jardim, e, mesmo assim, inacabada. Os R$ 265 milhões que a União prometeu para trabalhos de dragagem, canalização, construção de barragens e implantação de um parque fluvial não começaram a ser gastos.
ENCOSTAS: O governo federal já liberou mais R$ 81,6 milhões para contenção de encostas, mas as obras ainda estão em licitação. O estado está investindo R$ 71,9 milhões para recuperar estradas. No entanto, as intervenções ainda não terminaram. Já o mapeamento de áreas de risco no interior do estado só termina em 2014.



Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/rio/nenhuma-vitima-das-chuvas-de-2011-na-serra-recebeu-casa-3647131.html#ixzz1jCw8sgHN

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Um comentário:

jeferson hermida disse...

O Governo Federal é omisso.

Falta boa vontade em resolver.